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Quem ainda fala de Viviane enquanto voz dos Entre Aspas, tem andado bastante distraído nos últimos 10 anos. Neste tempo todo, já foram editados quatro discos reveladores da Viviane madura e que sem complexos vai buscar às suas memórias o que melhor lhe ficou do Fado e outras canções. E digo-o deste jeito porque a canção de Viviane não é Fado mas às vezes também não deixa de o ser. Parece contraditório? Talvez seja, mas reside no contraditório algum dos maiores encantos do ser humano, e é de pessoas que tratamos quando escutamos as canções de amor e desamor de Viviane, no seu percurso em nome próprio.
Em 'Confidências' conta a sua estória dos últimos dez anos num disco que pode ser ouvidos as vezes que entendermos, pelo menos a partir de 27 de Novembro, disponibilizado nas lojas. Desde 'Amores imperfeitos' (2005) até 'Dia novo' (2014) sem esquecer 'Viviane' (2007) ou até ao momento o meu favorito 'As pequenas gavetas do amor' (2011), Viviane mantém um elo de ligação ao que contou e agora canta, numa curva evolutivo, recusa estagnar, e sob influências de um tango ou um Fado sempre à espreita, ela canta daquela maneira inconfundível, e um jeito muito próprio de dizer as palavras.
Na voz de Viviane ouve-se passado/presente e 'Confidências' é um 'best of' embrulhado em papelinho fino e delicado tal e qual os poemas que escolhe cantar.